Ano:	2007
Diretor:	Shin Itagaki
Estúdio:	Madhouse
País:	Japão
Episódios:	12
Duração:	24 min
Gênero:	Ação / Terror / Mistério

Devil May Cry, assim como muitos outros animes, nasceu graças ao grande sucesso do game. Baseado no jogo homônimo, DMC tornou-se um anime popular, mas não o suficiente, levando-se em conta a enorme quantidade de fãs que os jogos da franquia possuem. O anime, apesar de seguir um enredo no estilo do game, conta uma história própria, com algumas menções ao jogo. Então vamos ao enredo.

O anime conta a história de Dante, filho do demônio Sparda e de Eva. Sparda foi um demônio que passou sua vida ajudando os humanos, livrando-os dos demônios que habitavam o planeta. Sparda selou todos eles em um submundo também conhecido como Inferno. Algum tempo depois, passada a morte de Sparda, um dos seres malignos aprisionados consegue se libertar, abrindo o portal que une o Inferno à Terra. Agora cabe a Dante, já adulto, selar os demônios que escaparam para a Terra. Com isso ele se torna um caçador de demônios, nada mais conveniente, já que Dante é metade humano e metade demônio, mas com um porém: ao contrário de seu pai, Dante também age movido por dinheiro. Isso significa que, se tiver grana em jogo, ele não irá recusar o trabalho.


O anime não possui muitos personagens, basicamente tudo se passa entre Dante, seu amigo Trish, a garotinha Paty e os demônios que Dante caça. A personalidade dos personagens são tipicamente básicas, beirando o clichê. Um exemplo disso é o personagem Trish, o cara que aparece de vez em quando levando missões ao Dante e que, assim como o protagonista, não demonstra o mínimo de carisma. A garotinha Paty é a única no anime que consegue ter uma personalidade coerente. Ela possui o desejo de reencontrar sua mãe desaparecida e consegue passar isso de uma maneira agradável, apesar de também ser muito estereotipada.

DMC apresenta muitas falhas no seu desenvolvimento. Começa como uma história linear e simples, passa por caminhos irrelevantes para o desenvolvimento da trama e retoma a linearidade nos episódios finais. Como se isto não fosse o bastante, o anime ainda segue a batida fórmula do "monstro do dia". Parece que os criadores não se preocuparam em desenvolver um enredo que fosse o mínimo de interessante para o desfecho da série. Os episódios se mostram desalinhados em relação ao enredo, é como se o anime estivesse andando em círculos rumo aos episódios finais. Até mesmo a ação indispensável ao anime não é lá grande coisa, e esta falha é imperdoável, tendo em vista que Devil My Cry é do gênero ação. Se DMC fosse um OVA com poucos episódios, poderia ter sido muito diferente, mas 13 episódios com mais da metade deles só enchendo lingüiça não dá.

Tecnicamente, DMC honra o nome dos estúdios Madhouse, com belos cenários e traços bem trabalhados. O anime tem um visual de primeira classe, os efeitos visuais também são impressionantes. Já o som não possui nada de mais, as músicas são apenas medianas e o tema de abertura é meio sem sal (o que também pode ser dito sobre a série).




Faltou muito mais que tempero nesse enredo. Faltou ousadia, inteligência e, principalmente, respeito com o grande número de fãs que o game possui. DMC não passa de um anime feito com intuito comercial, e a única arte realmente verdadeira que pode ser encontrada nesse anime é a visual. Com todas essas falhas, Devil My Cry acabou se tornando o próprio "Inferno de Dante". :)


Fonte:animehaus